Dúvidas Frequentes
Não. O hemograma, por exemplo, dispensa o jejum. Já glicemia, colesterol e triglicérides exigem que você fique várias horas sem comer. O tempo de jejum varia de acordo com o exame.
Não. A suspensão de medicamentos somente pode ser autorizada pelo médico assistente e seu uso deve ser mantido conforme orientação do mesmo. Alguns exames são realizados exatamente para avaliar o efeito do uso do medicamento. Para drogas de monitorização terapêutica, cuja coleta de sangue é sugerida imediatamente antes da próxima dose, é conveniente o paciente trazer consigo o medicamento em uso, para evitar ultrapassar o horário programado para a medicação.
Preferencialmente sim, porque esta urina é mais concentrada, aumentado a eficácia do exame. Mas se não for possível, a urina poderá ser colhida em qualquer horário do dia, mas com um cuidado antes do exame: permanecer 4 horas sem urinar. Dará o volume ideal e qualidade para uma boa coleta. O ideal é que seja colhida em frasco apropriado, fornecido pelo laboratório ou adquirido em farmácia.
Sim. Uma dose de uísque, uma cerveja ou um copo de vinho na véspera é suficiente para invalidar os resultados. Deve-se passar pelo menos 3 dias sem ingerir álcool antes de realizar exames de sangue. Mesmo o consumo esporádico de álcool pode causar alterações significativas e quase imediatas na concentração plasmática de alguns metabólitos, por exemplo, glicose, ácido láctico e triglicérides. O uso crônico é responsável pela elevação da atividade da gama glutamiltransferase (GGT), entre outras alterações importantes.
Não. O fumo pode elevar a concentração de substâncias como adrenalina, aldosterona, cortisol e antígeno carcinoembrionário (CEA). O tabagismo também é causa de elevação na concentração de hemoglobina, no número de leucócitos e de hemácias e no volume corpuscular médio. E ainda, o fumo causa redução na concentração de HDL-colesterol.
Não. Também não precisa ser a primeira evacuação do dia. Isso vale para todos os tipos de exame de fezes. Para a comodidade do cliente é melhor o que material seja colhido em casa, em frasco apropriado e acondicionado em local fresco até a hora de levar ao laboratório.
Nem todos. Desde que obedeça ao tempo estipulado de jejum, alguns podem ser colhidos, inclusive à tarde, sem problemas. Alguns exames, como por exemplo as dosagens de cortisol, ferro e ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), porém, devem ser realizados obrigatoriamente na parte da manhã, pois é nessa parte do dia que tais substâncias têm um pico no organismo. Porém, normalmente, a rotina de trabalho do laboratório é coletar o sangue na parte da manhã, para melhor organização do serviço.
Sim. Mas convém tomá-la com moderação. O excesso interfere nos exames de urina, devido à diluição da amostra.
Alguns, sim. Os antibióticos e os antiinflamatórios, por exemplo, interferem nos testes de coagulação do sangue, normalmente solicitados em pré-operatórios. Os medicamentos podem causar variações nos resultados de exames laboratoriais, seja pelo próprio efeito fisiológico, in vivo, seja por interferência analítica, in vitro. Dentre os efeitos fisiológicos, devem ser citadas a indução e a inibição enzimáticas, a competição metabólica e a ação farmacológica. Dos efeitos analíticos são importantes a possibilidade de ligação preferencial às proteínas e eventuais reações cruzadas. Portanto, informe os remédios que esteja tomando ao laboratório antes do exame, inclusive vitaminas, fitoterápicos e medicações não prescritas por médicos. A suspensão de medicamentos para realização de exames deve ser autorizada e orientada pelo seu médico. Se a interrupção não for possível, esse dado deverá ser considerado na avaliação do resultado.
O primeiro jato urinário transporta células e secreções presentes na uretra. Na investigação de infecção urinária é importante que o material não esteja contaminado com resíduos uretrais.
Sim, principalmente na dosagem de glicose, no lipidograma e dosagens hormonais (principalmente prolactina). Como os valores normais foram estabelecidos para condições bem definidas (basais) fica difícil, talvez impossível, interpretar os resultados. O efeito da atividade física sobre alguns componentes do sangue, em geral, é transitório e depende das variações nas necessidades energéticas do metabolismo e da eventual modificação fisiológica que a própria atividade física condiciona. Esta é a razão pela qual se prefere a coleta de amostras com o paciente em condições basais, mais facilmente reprodutíveis e padronizáveis. O esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas, como a creatinoquinase (CPK), a aldolase e a aspartatoaminotransferase (TGO). Esse aumento pode persistir por 12 a 24 horas após a realização de um exercício.
Sim. Porém é importante que o médico saiba em que período do ciclo menstrual seu exame foi realizado, especialmente para dosagens hormonais. Mesmo porque as alterações hormonais típicas do ciclo menstrual também podem ser acompanhadas de variações em outras substâncias.
Sim. Alguns exames, aliás, são solicitados exatamente porque a pessoa está com febre. A intenção é verificar se alguma infecção é a responsável. Porém, em algumas circunstâncias, a doença responsável pela febre pode interferir nos exames destinados a avaliar aspectos metabólicos e imunológicos. Por cautela, consequentemente, consulte o seu médico ou o laboratório antes de fazer o exame.
Sim, no exame de creatinina. O uso de remédios contendo dipirona pode fazer com que o resultado da creatinina dê mais baixo do que o real, dependendo do método utilizado. Por isso, ao fazer esse exame, que avalia se os rins estão funcionando bem, o ideal é evitar o medicamento nos três dias anteriores. Ou se não puder informar sempre a atendente o uso de tais medicamentos.
Não, desde que se adote cuidados para não misturar esses medicamentos à urina, coletando a urina com assepsia e uso de tampão vaginal. Mas se puder, espere o final do tratamento medicamentoso para realização da coleta da amostra de urina (o ideal é coletar dois dias após o uso da última dose do medicamento).
A coleta de sangue não é procedimento impeditivo para a prática de exercício físico. Cada caso deve ser avaliado individualmente, ficando a decisão final para o próprio paciente conforme orientação médica. A ingestão de alimento é necessária para encerrar o estado de jejum, antes da prática esportiva.
É a que você costuma comer no seu dia a dia. Portanto, essa instrução significa apenas o seguinte: não mude a alimentação.
Sim, mas principalmente no de triglicérides. Por exemplo, uma pessoa com triglicérides elevado e que adota uma dieta rígida na véspera do exame terá um resultado falsamente baixo. Já alguém com triglicérides normal, mas que come uma feijoada ou um churrasco ou ainda ingeriu bebida alcoólica no dia anterior, poderá apresentar resultado falsamente alto. Mas, importante, se o seu hábito alimentar inclui comer feijoada ou churrasco frequentemente, você deve continuar comendo estes alimentos, para não falsear o exame, pois os seus exames irão refletir seu hábito alimentar.
Você deve manter a sua dieta habitual nos 15 dias que antecedem os exames. É fundamental jejum de 12 horas para a coleta do sangue e se abster de bebida alcoólica durante 3 dias antes da coleta e evitar exercícios físicos no dia anterior à coleta de sangue
O paciente ao receber seu exame de laboratório, geralmente, lê observações sobre o resultado do mesmo e sua interpretação. Os valores de referência são estabelecidos medindo-se os valores do teste para uma determinada população de voluntários saudáveis. A análise estatística é feita (valor de referência é definido dentro de 2 desvios padrão da média). Geralmente abrange-se 95% da população, ou seja 5% embora saudável tem valor diferente do de referência. Poderíamos dizer, em princípio, que para cada exame feito a pessoa tem a possibilidade de 5% do mesmo estar fora dos valores de referência sem apresentar doença.
É importante que somente o médico interprete o resultado dos exames de laboratório, pois ele irá relacionar os resultados encontrados com a avaliação clínica do paciente e seu histórico. Os exames de laboratórios são somente um dos parâmetros do diagnóstico clínico.
Com certeza. Aspirina® é o nome popular do ácido acetil salicílico. Ela está presente em muitos analgésicos e antitérmicos, e também em antiácidos, onde está associada a outras substâncias farmacológicas. Por isso guarde bem: todos os remédios com ácido acetilsalicílico interferem nos exames de coagulação do sangue. Em altas doses, podem diminuir os valores totais de tiroxina (T4), um dos hormônios da tiróide.
Sim, pois elas também atrapalham certos exames. Por exemplo, a vitamina C altera o exame de creatinina. Já a vitamina E interfere nos testes de agregação plaquetária. O Importante é informar ao laboratório o uso de vitamina para que seja avaliada a interferência.